Se formos viver tudo que aparece
na nossa frente, acabaríamos caindo num vácuo, num vazio sem fim. Por isso
trata-se de escolha. “Escolhi estar com você”. Escolhi... Mesmo não sabendo
como serão as próximas horas, quem dirá o próximo dia, a próxima semana. E não
me peça para dizer que não estou envolvida. Sou humana. Tenho sentimentos. Eu
me envolvo. Depois de alguns beijos e umas noites mal dormidas, porém
aconchegantes. Porque eu sou humana e a impressão que dá é que, por vezes, há
que se pedir desculpa por se envolver. “Desculpa, me perdoa por esse deslize –
me envolvi”. Não façamos isso. Não escondamos tantos nossos sentimentos.
Demonstremos, sim, o quanto estamos interessados! Não confundamos liberdade com
insensibilidade. Ninguém precisa se casar depois de uns beijos, ninguém precisa
se prender – sem querer – depois de alguns encontros. Mas não caiam na tristeza
de viver histórias individuais o bastante para deixá-los, enfim e infelizmente,
menos humanos, menos cheios, menos inspirados. Decidam! Optem pelos caminhos
que te façam transbordar mais amor e alegria e, quando conseguirem isso, tratem
de compartilhar. Relacionar-se tem que ter qualquer coisa disso: de partilha e
de emoção. E de amor, por que não? Amor no sentido mais amplo. Não se prendam a
tantas construções sociais. Falaram, sim, para você, que alguém fica mais
interessado quando você ignora, quando você deixa de correr atrás,
quando você é difícil. Bobeira! Pessoas de verdade – e aqui não consigo fugir
desse clichê mal explicado com um pouquinho de juízo de valor – querem apenas
se elevar. E uma relação tem que trazer isso – mudança. Que dói, melhora, fortifica e, sobretudo, humaniza.
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